História do Ozônio Medicinal
- Flávia Funes Imbroisi
- 9 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
A ozonioterapia medicinal é uma técnica terapêutica que utiliza o ozônio (O₃), uma molécula composta por três átomos de oxigênio, com o objetivo de tratar diversas condições de saúde. Seu uso remonta ao final do século XIX e início do século XX, quando cientistas começaram a explorar suas propriedades terapêuticas.
A descoberta do ozônio como uma forma molecular do oxigênio foi realizada pelo químico alemão **Christian Friedrich Schönbein** em 1840, que observou um gás com um odor característico produzido por descargas elétricas. Embora o ozônio tenha sido inicialmente estudado como um agente purificador do ar, a sua aplicação terapêutica começou a ser considerada após a descoberta de suas propriedades antimicrobianas e de estimulação da oxigenação dos tecidos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o ozônio foi utilizado para desinfetar feridas e prevenir infecções, um uso essencial em um contexto em que as infecções bacterianas eram uma das principais causas de morte.
O ozônio passou a ser investigado para uso médico no início do século XX. Em 1915, o médico alemão Dr. Werner von Siemens começou a estudar as propriedades terapêuticas do ozônio, sugerindo seu uso como um agente curativo para diversas doenças infecciosas. Além disso, a partir de 1930, começaram a ser publicados estudos que sugeriam os benefícios do ozônio na promoção da circulação sanguínea e na melhora da oxigenação celular, o que favorecia a recuperação de pacientes com condições crônicas e infecciosas.
Nos anos 1950, o uso do ozônio em tratamentos médicos foi sistematizado. O médico alemão Dr. Hans Wolfram foi um dos pioneiros da ozonioterapia, investigando suas aplicações em doenças circulatórias, musculoesqueléticas e até neurológicas. Wolfram e outros pesquisadores notaram que o ozônio poderia ter efeitos positivos na redução da inflamação, melhora da circulação sanguínea e ação antimicrobiana. Durante esse período, a ozonioterapia se consolidou na Alemanha e em outros países da Europa.
A ozonioterapia se expandiu para países como Itália, Brasil e outros, onde foi integrada à medicina alternativa. No Brasil, a técnica começou a ser popularizada a partir da década de 1980, especialmente para tratar dores crônicas e condições musculoesqueléticas.
No século XXI, a ozonioterapia continua sendo utilizada de forma crescente, especialmente em países como Brasil, Itália e Cuba. Estudos modernos demonstraram que o ozônio pode atuar sobre a microcirculação sanguínea, reduzir inflamações e até melhorar a função imunológica. A técnica é utilizada principalmente para tratar doenças crônicas, como a artrite, doenças pulmonares e problemas circulatórios.
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